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Sábado, 24 de fevereiro de 2007, 13h33 Organizadores querem fazer do Oscar um festão |
Os organizadores do Oscar esperam que os maiores astros e estrelas de Hollywood se divirtam durante a entrega dos prêmios da Academia neste domingo, conferindo um brilho revigorante à cerimônia de mais de três horas de duração, que pode ficar mais cansativa.
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A produtora do Oscar, Laura Ziskin, aposta em discursos curtos, astros jovens, música, comédia e com a apresentadora Ellen DeGeneres para mudar a atmosfera.
Mas é possível que a disputa sem favoritos pela estatueta de melhor filme, que inclui Pequena Miss Sunshine e Os Infiltrados, mantenha os altos teores de drama na noite do Oscar.
"Queremos fazer uma grande festa, uma grande comemoração", disse Laura aos repórteres na última sexta-feira.
O Oscar é concedido anualmente pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. O prêmio, que este ano chega à 79ª edição, tornou-se o mais importante do cinema mundial e é cobiçado por diretores, atores e atrizes de todo o mundo.
Mas com frequência a cerimônia descamba para longos e chatos discursos de agradecimento, nos quais os vencedores agradecem agentes, empresários, motoristas de limousine e muitas figuras de bastidores de Hollywood que pouca gente conhece.
Laura disse ter advertido os indicados que, caso seus discursos se prolonguem demais, eles serão interrompidos por música para deixarem o palco. Ela instalou numa câmera nos bastidores, batizada de "Câmera-do-Obrigado", onde eles poderão agradecer a quem quiserem.
Os produtores esperam que os vários astros jovens que apresentarão prêmios, entre eles Jack Black, Kirsten Dunst e Tobey Maguire, atraiam um público mais jovem, que assiste cada vez menos a cerimônia.
No ano passado, o Oscar foi assistido por 38,8 milhões de pessoas nos Estados Unidos, terceiro ano consecutivo de queda da audiência.
Sem favoritos
Não há favoritos para vários prêmios, incluindo o de melhor filme. E isso deve aumentar a tensão no Kodak Theatre em Hollywood, onde acontece a cerimônia, neste domingo.
Na categoria melhor filme, o thriller Os Infiltrados de Martin Scorsese e a comédia Pequena Miss Sunshine enfrentam a dura competição do drama de culturas Babel, da saga japonesa na Segunda Guerra Mundial Cartas de Iwo Jima e de A Rainha, sobre a família real britânica num momento de crise.
Helen Mirren é a mais cotada para receber o Oscar de melhor atriz por sua interpretação da Rainha Elizabeth 2 em A Rainha, e Martin Scorsese é o favorito à estatueta de melhor diretor por Os Infiltrados. Mas essas parecem ser as duas únicas barbadas, dizem os especialistas.
A batalha pelo prêmio de melhor ator é travada por Forest Whitaker, que faz o ditador Idi Amim em O Último Rei da Escócia, e o veterano Peter O'Toole, em sua oitava indicação como um velho ator apaixonado por uma jovem em Vênus.
A estatueta de ator coadjuvante é disputada por Eddie Murphy, que faz um cantor de soul em Dreamgirls, e Alan Arkin, interpretando um irritadício avô em Pequena Miss Sunshine.
O prêmio de melhor atriz coadjuvante deve ir para Jennifer Hudson, como uma cantora rejeitada em Dreamgirls, mas muitos dizem que a garota de 10 anos Abigail Breslin, de Pequena Miss Sunshine, e a mexicana Adriana Baraza de Babel têm chances.