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Quarta, 5 de setembro de 2007, 11h35 Atualizada às 11h39 Filme do catalão José Luis Guerin é autoral e exigente |
Enquanto se aguarda o filme surpresa e a exibição de Nightwatching, longa em competição de Peter Greenaway, a conversa preferida, na manhã desta quarta-feira, no Lido, foi a produção franco-espanhola do diretor catalão José Luis Guerin.
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En la ciudad de Sylvia é até agora o filme mais autoral e exigente exibido, e o público que ia se habituando aos gêneros e apelo fácil de Hollywood se mostrou atento e interessado na proposta de Guerin.
Num fio de trama, um jovem (Xavier Lafitte) volta à cidade francesa de Estrasburgo para reencontrar uma moça de nome Sylvia, que conheceu seis anos antes e por quem se apaixonou. Sempre com um caderno de desenhos em punho, ele se posta num café em que ela freqüentava e passa a procurar em volta, na fisionomia das clientes.
O jovem acredita vê-la numa bela jovem ali (Pilar Lopez Ayala) e a persegue pelas ruas numa longa caminhada. Embora com apenas dois protagonistas em cena, o diretor muitas vezes deixa sua câmera estática, perdendo de vista os personagens, para mostrar um pouco do cotidiano e da gente da cidade.
Quando volta para o casal é para mostrar longos closes que vão aos poucos criando ou tirando a ilusão de sucesso da empreitada. Não foi para poucos que ocorreu a influencia de Michelangelo Antonioni, morto em julho passado, especialmente pela trilogia formada por A Aventura, A Noite e O Eclipse, na qual os personagens saem a caminhar a esmo.
Guerin confirmou em entrevista sua grande admiração pelo mestre italiano e a vocação natural de seu cinema em segui-lo. Mas também, nos longos silêncios e ruídos que todo o tempo marcam a tela, é possível lembrar o francês Robert Bresson, que como o diretor espanhol, gostava de tirar do rosto inerte dos atores a expressão necessária ao entendimento da alma humana.