Veneza 2007

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Quarta, 5 de setembro de 2007, 17h35  Atualizada às 18h07 Johnny Depp entrega Leão de Ouro a Tim Burton em Veneza

Reuters

Tim Burton recebe Leão de Ouro das mãos de Johnny Depp

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O diretor americano Tim Burton foi homenageado nesta quarta-feira na 64° Mostra de Veneza com um Leão de Ouro pelo conjunto de sua obra poético-macabra, enquanto que a competição seguia com En la ciudad de Silvia e Sukiyaki Western Django. Ele recebeu o prêmio das mãos do ator Johnny Depp.

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O policial Mad detective, do chinês Johnnie To, uma investigação sobre mortes cometidas de maneira misteriosa com uma arma da polícia, é o filme "surpresa" apresentado para também competir pelo Leão de Ouro a ser entregue no sábado, anunciaram os organizadores da Mostra.

A três dias do encerramento do festival, chegaram ao Lido os diretores Quentin Tarantino, Bernardo Bertolucci e a atriz Fanny Ardant.

Esta última levantou polêmica na Itália por ter chamado o fundador das Brigadas Vermelhas, Renato Curcio, de herói, opinião pela qual ela pediu desculpas em seguida.

Autor de uma dezena de filmes muito estilizados, como Edwards, Mãos de Tesoura, Marte ataca!, Beetlejuice, os fantasmas se divertem, Tim Burton, cineasta do universo gótico, recebeu o prêmio das mãos de seu muso, Johnny Depp.

"Esta cidade é um pouco o próprio cinema, é um lugar muito especial e este prêmio tem um significado especial para mim", declarou Burton.

"O Leão de Ouro é um objeto muito mais bonito que um homem nu", acrescentou ele em referência ao Oscar, prêmio que ele ainda não ganhou.

Realizada por Harry Selck, uma versão em 3D de seu filme de animação O estranho mundo de Jack (1993) participou de uma projeção especial, seguida por um trecho do próximo filme de Burton, uma adaptação da comédia musical Sneedy Todd, de Stephen Sondheim, grande sucesso da Broadway em 1979.

No trecho - em que um barbeiro londrino que corta a garganta de seus clientes - , um pálido Johnny Depp de olhos negros faz dupla com Helena Bonham Carter.

Tim Burton, 47 anos, é "o gênio mais criativo dos meninos do cinema contemporâneo", considera o diretor artístico do festival e ex-crítico Marco Müller, admirador do "talento único que o cineasta tem para transcrever os sonhos ao misturar o maravilhoso e o fantástico".