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Sábado, 8 de setembro de 2007, 09h42 Atualizada às 09h48 Filmes de Glauber Rocha são exibidos para poucos em Veneza |
Com os jornalistas, especialmente os europeus, já em debandada do Festival de Veneza, as atrações brasileiras entre a sexta-feira e o sábado tiveram um público diminuto. Uma pena, pois, a nova e cintilante cópia de A Idade da Terra e o rigoroso documentário Anabazys, sobre o filme (e um pouco da carreira do diretor Glauber Rocha), que foi polêmica em Veneza em 1980, mereciam uma platéia especializada mais interessada e disposta a fazer a redenção esperada pela filha do cineasta Paloma Rocha.
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Ainda há expectativa, no entanto, da exibição oficial neste sábado, às 22h30 no horário local, portanto depois da premiação, para público e direção do festival presente.
"Será importante para quem já viu o filme um dia revê-lo agora, pois há pequenas passagens que foram cortadas para TV ou mesmo para os cinemas, devido à longa duraçao da fita, que mesmo eu já havia esquecido", disse Paloma.
A trajetória de realização da fita é dissecada em Anabazys, parceria de Paloma com o diretor Joel Pizzini. São 142 minutos de material bruto e original dos restos de A Idade da Terra que se somam a depoimentos de boa parte da equipe técnica e do elenco.
Quando for lançado em DVD em novembro, terá mais 40 minutos. "A idéia foi unir esses retalhos de forma glauberiana, ou seja, de um modo que as pessoas possam refazer a fita em sua mente como quiserem", diz Paloma.
"Era essa proposta que Glauber tinha para o filme, que não contava com rolos numerados, nem créditos ao início ou no final, e assim poderia se mudar a ordem como quisesse".
No documentário, ouve-se histórias que só confirmam a personalidade exigente e criativa do diretor, que numa noite em Brasilia, por exemplo, pediu ao figurinista e designer da produção Raul William, que conseguisse para o dia seguinte um escudo com a figura de São Jorge. No filme, lá está uma peça fazendo as vezes de escudo com uma pequena estátua do santo grudada.
São comentários de bastidores como esse que mantem o pique do documentário e a atenção daqueles que querem se aprofundar num filme que é um caso à parte no cinema brasileiro.
"Fico perplexa ao ver que nem hoje as pessoas querem discuti-lo; se é por falta de instrumentos e bom material, agora já dispõem com esse documentário", diz Paloma.