Os astros da saga O Senhor dos Anéis Sean Astin, Elijah Wood e Billy Boyd na entrevista de lançamento de O Retorno do Rei
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Essa é a estréia mais esperada da temporada, não tanto pelo seu final, já conhecido por todos os leitores do clássico de J.R.R. Tolkien, mas pela fascinação gerada por este épico cinematográfico capaz de superar um bilhão de dólares de bilheteria em todo o mundo com os dois primeiros filmes.
A saga foi rodada ao longo de 15 meses na Nova Zelândia com orçamento de 300 milhões de dólares (para as três partes) e no dia 17 de dezembro chegará a seu fim com a estréia mundial.
Nesse momento, os rostos de Elijah Wood, Vigo Mortensen e Ian McKellen já terão se convertido nas estrelas mais populares de Hollywood, recriando um universo de "hobbits", "elfos", magos e "orcos" que passaram a fazer parte da história de Hollywood.
Não há dúvidas sobre o sucesso de bilheteria de uma produção que também aparece como principal favorita ao Oscar de melhor filme, que coroaria os esforços das três partes (os dois primeiros filmes venceram seis estatuetas em outras categorias).
A dúvida fica sobre seus protagonistas, que seguiram o mesmo caminho heróico de seus personagens, passando do anonimato à fama e agora que têm um destino desconhecido à frente.
"Para nós também foi um viagem da qual voltamos mudados", explicou Wood.
McKellen será lembrado a partir de agora como Gandalf, o mago, mas sua longa carreira como ator, candidato ao Oscar duas vezes, manterá seu status no mesmo nível.
A colaboração da australiana Cate Blanchett como a rainha Galadriel destacará ainda mais sua beleza nas telas e seu futuro é agora mais promissor que nunca, com outras duas estréias este ano, Veronica Guerin e O Desaparecido, também possíveis candidatos ao Oscar.
A mudança mais drástica foi a de Orlando Bloom, britânico de 26 anos praticamente desconhecido antes de ser o arqueiro Legolás e que agora se tornou ídolo da juventude. Além de aparecer em O Senhor dos Anéis, ele está apresente em Os Piratas do Caribe e em sua próxima estréia Troy, disputa a beleza com Brad Pitt e Eric Bana.
"Fico com um nó na garganta ao pensar que fiz parte de um processo que me mudou totalmente e onde Viggo foi para mim melhor exemplo", reconheceu o ator.
Viggo Mortensen, em seus 45 anos muito mais velho que Bloom como ator, é também novato na hora de desfrutar uma mudança que o transformou de artista respeitado, além de músico e pintor, a ídolo em seu papel do cavaleiro Aragorn, futuro rei de Gondor.
"Não tenho a sensação de que isto tenha acabado", reconhece este nova-iorquino que passou sua infância na Venezuela e Argentina e filmou Hidalgo, outro personagem heróico que monta o cavalo que dá nome ao filme.
Os "hobbits", como os próprios atores continuam se chamando, elevaram seus status em Hollywood; o "Pippin" Billy Boyd aparece em Master & Commander e os profundos olhos de Elijah Wood buscam papéis mais adultos como o da comédia Eternal Sunshine of the Spotless Mind, junto com Jim Carrey e Kate Winslet.
Sean Austin também tem vários projetos cinematográficos, mas seu principal interesse está fora das telas: suas duas meninas, uma delas concebida durante a rodagem e presente no terceiro filme, sua dedicação à poesia e à política por direitos iguais.
O maior salto de todos foi o de Peter Jackson, o diretor da trilogia, com a qual passou de cineasta independente, quase desconhecido, a contratado por 20 milhões de dólares para rodar uma nova adaptação de King Kong.
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