Maratona revisa obra do diretor de 'Carruagens de Fogo'

Nesta sexta-feira acontecem as primeiras exibições dos quatro títulos selecionados pela 32ª Mostra para homenagear o cineasta britânico Hugh Hudson, que já está em São Paulo.

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O nome não soa tão familiar quanto Steven Spielberg, para ficar numa referência hollywoodiana, ou Ridley Scott, companheiro de geração de Hudson. Então basta lembrar que ele é o diretor de Carruagens de Fogo, tremendo sucesso de 1981 e vencedor de quatro Oscar, entre eles de Melhor Filme.

Além da ótima receptividade, mais do público do que da crítica, o filme abriu as portas da América definitivamente a um grupo de ingleses da publicidade e TV, entre eles Adrian Lyne, Alan Parker e o próprio Scott.

Carruagens de Fogo, claro, está presente na pequena seleção e fecha a maratona, às 22h30, no Unibanco Arteplex 1. Na mesma sala, a partir das 16h, serão exibidos Greystoke - A Lenda de Tarzan, o Rei das Selvas (1983), Fangio ¿ Uma Vida a 300 Km por Hora (1977) e Revolução Revisitada, ou seja, o mesmo Revolução de 1987, mas agora em versão do diretor.

Este último, sem dúvida, o mais controverso filme do cineasta que amargou o fracasso e ataques da crítica tanto quanto elogios de defensores. São essas vozes que se levantaram nos últimos anos para procurar justiçar o filme e seu autor. Entre eles está o crítico do The Observer Philip French, cuja defesa aos princípios de Hudson consta no catálogo da Mostra.

Ele considera a história de gênese épica sobre a independência americana "uma obra-prima imperfeita que acompanha o contrastante sucesso de três pessoas pegas pela turbulência social e política". E prossegue: "(o filme) é profundo, poético e original (...); deverá ter a sua posição entre os grandes filmes sobre História (...)".

O diretor da Mostra Leon Cakoff comprou a briga e defende que seja feita a justa revisão. É o momento então do tira-teima, que se repete no mesmo cinema no próximo domingo.