Cannes 2007

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Segunda, 21 de maio de 2007, 14h16 

Gus Van Sant retorna a Cannes com 'Paranoid Park'

AP

Gus Van Sant ao lado de Taylor Momsen em Cannes
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A preferência do diretor Gus Van Sant por atores jovens e amadores e as imagens oníricas de skatistas em ação definem seu filme mais recente, Paranoid Park, em exibição no Festival de Cinema de Cannes.

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O filme conta a história de Alex, um skatista de 16 anos que se esforça para encarar sua própria vida e a das pessoas que o cercam, depois de ele acidentalmente provocar a morte de um segurança.

Paranoid Park emprega sobretudo atores desconhecidos, incluindo muitos que nunca antes haviam atuado. Para escolher os atores, foram afixados cartazes em lojas de música e usados anúncios no site MySpace e em jornais locais.

"Gosto realmente de trabalhar com atores não profissionais porque desse modo experimento coisas que são naturais para eles e filmo esse lado deles, em lugar de começar a criar do nada", disse Van Sant após a sessão em que Paranoid Park foi exibido para a imprensa, na segunda-feira.

Alex (o novato Gabe Nevins), desliza pelo filme todo impassível, aparentemente fora de contato com sua namorada (Taylor Momsen) e um detetive (Dan Liu).

Depois de Elefante, o filme de Van Sant sobre o tiroteio na escola Columbine que recebeu a Palma de Ouro em 2003, Paranoid Park lança uma luz muitas vezes onírica sobre as pistas de concreto para skate e os shopping centers frequentados por seus jovens protagonistas.

A ação é destacada por uma trilha sonora que inclui desde melodias de trilhas de filmes de Fellini até o que Van Sant descreve como a "música concreta" de uma rádio local.

Seu estilo caracteristicamente fluido, apoiado pela direção de fotografia de Christopher Doyle, ressalta os movimentos fluidos dos skatistas no parque, frequentemente em câmara lenta, destacando as emoções introvertidas e desapegadas de Alex e seus amigos.

Doyle, que ganhou fama por seu trabalho com o diretor chinês Wong Kar Wai, disse que ele e Van Sant procuraram uma maneira de retratar aproximadamente a experiência física e emocional da prática do skate.

Mas, além dos movimentos graciosos dos skatistas, Van Sant transmite um clima inquieto e perturbador que envolve uma juventude urbana que, com apenas uma exceção, parece estar voltada para longe do mundo externo e ser indiferente ao futuro.

Reuters
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