Em Gramado, Jonas Bloch elogia o cinema brasileiro

O ator Jonas Bloch, 68 anos, pisou no tapete vermelho do Festival de Gramado nesta segunda-feira, com a mesma atitude de um convidado comum, ainda que aos gritos da platéia eufórica. Nome forte do cinema brasileiro, ele mostrou-se sorridente e receptivo, falando de cinema e elogiando a nova posição do evento: deixar o glamour de lado e valorizar aquilo que a indústria oferece, as próprias obras que ali são apresentadas.

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A evolução do cinema brasileiro foi o assunto central de sua conversa com os jornalistas, enquanto entrava no Palácio dos Festivais. "Os americanos estão contratando fotógrafos e diretores do nosso País. É preciso ganhar cada vez mais espaço, o público exige isso", dispara o ator, que estreou nas telas em 1971 com O Pecado de Marta, do diretor José Rubens Siqueira.

Este ano, pela primeira vez, Bloch integrou o júri do Gramado Cine Vídeo, evento que acontece paralelamente ao Festival de Cinema de Gramado e que elege filmes com a participação da comunidade, além de mini convenções ligadas à animação.

"É muita responsabilidade fazer algo do gênero. Há um leque grande de filmes e variedade de temas. É preciso ficar o mais cercado possível", afirma.

Embora tenha uma respeitada carreira nos cinemas, foi na TV que Jonas Bloch ficou conhecido por seu público. Seu último trabalho na área foi em Bicho do Mato, da Rede Record, quando interpretou o assassino Ramalho.

"Estou impressionado com os investimentos da Rede Record, não só porque sou um contratado. Eles usaram um critério artístico, finalmente o mercado se abre para isso, algumas vezes até batemos a Globo", elogia a nova "casa". "A Record tem crescido, ninguém imaginou que um dia chegaríamos a surpreender com nosso trabalho".

Além de Bicho do Mato, Jonas Bloch também se dedicou a duas novelas do SBT: Jamais te Esquecerei e Os Ricos também Choram. Seu último trabalho na TV Globo foi em Senhora do Destino, em que fez uma participação especial.

Redação Terra