Michael Moore
Foto: Reuters
A produção foi aplaudida durante vinte minutos após sua projeção na seção oficial da competição.
No documentário, Moore afirma que Bush chegou à presidência dos Estados Unidos graças à manipulações eleitorais de seus parentes e parceiros e assegura que a guerra do Iraque foi planejada por razões econômicas com o objetivo de obter o petróleo do país árabe.
O filme, feito com um humor mordaz, analisa sem piedade os discursos de Bush e os contrapõe a imagens e testemunhos que desmentem as palavras do presidente.
Como ponto de partida do filme, Moore toma as polêmicas eleições presidenciais de 2000 que levaram Bush ao poder.
O filme mostra as relações pessoais e financeiras que unem a família Bush e seus sócios da família real da Arábia Saudita à família Bin Laden.
Para provar a existência dessas estreitas relações, o diretor afirma que logo após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, quando o espaço aéreo dos EUA estava fechado, membros da família Bin Laden e de outros grupos árabes puderam deixar o país sem serem interrogados pelo FBI.
A câmara de Moore mostra os sofrimentos da guerra do Iraque, tanto no país árabe como nos EUA, e o filme diz que a maioria dos soldados americanos provém de famílias pobres ou de minorias raciais, como a negra e a hispana.
O humor corrosivo de Moore aparece quando, armado com um alto-falante, ele convida os parlamentares a ler a Lei Patriótica, que limita os direitos civis e que os legisladores acabavam de assinar sem conhecer detalhadamente.
O cineasta pergunta aos parlamentares "por que tão poucos membros do Congresso - na realidade apenas um - tem seus filhos no Iraque. O senhor enviaria os seus para combater?". Os legisladores se afastam sem responder.
Moore também é autor de Tiros em Columbine (documentário que obteve um prêmio no Festival de Cannes e um Oscar em 2002), The Big One (1997), Canadian Bacon (1995), Pets or Meat (1992) e Roger and Me (1989).
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