Cena do filme de Mel Gibson
Foto: Divulgação
"As cenas são tão cruéis que muitos espectadores tiveram que se virar ou fechar os olhos", informou o jornal italiano Corriere della Sera ao mencionar o filme, apresentado nesta terça-feira na Universidade Azusa Pacific, na Califórnia, e que estreará no próximo 25 de fevereiro, na Quarta-feira de Cinzas.
Segundo o jornal La Repubblica, o filme conta as horas finais de Cristo "com a sensibilidade de um boxeador dos pesos-pesados".
Ambos os jornais destacaram erros históricos no filme, rodado na Itália, e reclamaram que ele apóia a visão dos judeus como culpados do deicídio por entregar Jesus aos romanos - uma doutrina que a Igreja católica apagou em 1965, com as reformas do Concílio Vaticano II.
A polêmica em torno do filme surgiu depois que um jornal britânico publicou uma nota em dezembro passado, citando fontes do Vaticano, de que o Papa o teria endossado.
O Vaticano manifestou-se depois, informando que apenas o Papa tinha assistido ao filme, mas que não fez comentários públicos.
O porta-voz da Santa Sé, Joaquin Navarro-Valls, restringiu-se a afirmar que o filme é "uma tradução cinematográfica do fato histórico da paixão de Jesus Cristo, de acordo com o Evangelho".
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