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Oscar 2005
Sexta, 25 de fevereiro de 2005, 16h39  Atualizada às 16h59
Atrizes rompem padrões com personagens culpados
 
Reuters
Hillary Swank é apontada como favorita ao Oscar de melhor atriz
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Apesar da diferença de seus papéis, as candidatas a melhor atriz este ano nos prêmios Oscar rompem os padrões com personagens sem nenhum medo de tomar as rédeas e distantes das heroínas no sentido tradicional.

Não estão à beira de um ataque de nervos mas não faltam motivos para isso: uma boxeadora que tem o crânio achatado; uma mulher que limpa casas pela manhã e pratica abortos à tarde; uma diva egocêntrica que atua dentro e fora do teatro; uma "mula" grávida que arrisca sua vida com o estômago cheio de cocaína para sair de seu país, e uma neurótica "New Age".

Se estes personagens têm algo em comum, apesar de tão diferentes, é que parece que Hollywood se afasta, por último, das heroínas tradicionais ao estilo Erin Brockovich (que valeu um Oscar a Julia Roberts em 2000) para se dedicar a mulheres atormentadas e ligeiramente malditas.

As concorrentes este ano não apóiam seus papéis em seu atrativo físico, pelo contrário: quebram seus narizes, esfregam o chão, engolem enormes bolas de látex carregadas de cocaína... tudo pela estatueta!

Hillary Swank, a boxeadora no filme de Clint Eastwood Menina de Ouro, e Annette Bening, em Being Julia, são consideradas favoritas. Ambas já se enfrentaram em outra ocasião, quando Swank levou o prêmio por Meninos Não Choram, superando Bening, a mulher de Kevin Spacey em Beleza Americana.

Mas o resultado pode ser bem diferente neste domingo, quando acontece a 77ª edição dos Oscar. Em sua representação como uma mulher empenhada em entrar no mundo do boxe para sair da "vida lixo" que lhe perseguiu desde seu nascimento, Swank aparece suarenta, coberta de sangue e com o rosto arrebentado.

Enquanto a atriz consegue que o filme vá além do boxe feminino e aborde a questão de até onde alguém está disposto a chegar para romper com suas origens, alguns críticos suspeitam que seu papel está feito sob medida para o Oscar.

Da mesma forma que Charlize Theron ganhou um Oscar por se transformar em uma prostituta feia e assassina em Monster, Swank poderia ganhar o segundo por mostrar como uma mulher consegue fazer sua própria vontade, custe o que custar.

Enquanto isso, Bening interpreta outra atriz, Julia, em filme adaptado de uma novela pouco conhecida do escritor W. Somerset Maugham, e consegue que o espectador não saiba se seu personagem - vulnerável, neurótico, manipulador, egocêntrico - está padecendo uma crise real de meia idade ou simplesmente atuando fora do teatro.

Os outros filmes têm menos possibilidades. A jovem colombiana Catalina Sandino Moreno interpreta a "mula" (traficante de drogas) Maria em María Cheia de Graça", a história de uma adolescente pobre e grávida a quem as circunstâncias levam a engolir mais de 50 bolas de látex em uma das cenas mais memoráveis do filme.

No entanto, as mesmas condições que levaram a sua indicação - jovem atriz que estréia com um filme em espanhol - fazem com que as possibilidades de levar o Oscar sejam poucas. Igualmente pequenas são as chances que Imelda Staunton leve o prêmio por seu papel como uma humilde faxineira que se dedica a praticar rudimentares abortos em jovens que não têm condições de ir a hospitais no filme Vera Drake.

O papel de Vera é visceral, mas também visceral é a reticência, inclusive na Hollywood mais progressista, a dar um Oscar à uma aborteira. Em suma, os cinco filmes apostam por caráteres comprometidos e, de uma maneira ou outra, culpados: Vera (Staunton) com seus abortos ilegais; María (Sandino Moreno) por traficar cocaína; Maggie (Swank) por quebrar as costelas de seus adversários; Clementine (Kate Winslet, em Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças) por apagar as lembranças dos homens.

São personagens que passeiam de um lado a outro com uma seringuinha no bolso, dando murros, com o estômago cheio de cocaína ou meio loucas. Ou seja, à beira dos Oscar.
 

EFE

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