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Em uma breve pausa de todo o glamour da festa anual de Hollywood, os filhos de prostitutas da cidade de Calcutá foram premiados com um Oscar para o documentário que eles ajudaram a fazer, Nascidos nos Bordéis.
As crianças foram ensinadas a mexer com câmeras de filmar e tiveram noções básicas de fotografia. Muitas das imagens que elas registraram foram usadas no filme, com direção e roteiro assinados por Zana Briski e Ross Kauffman.
O documentário bateu o sucesso de bilheterias Super Size Me ¿ A Dieta do Palhaço, que ataca as cadeias de fast-food nos Estados Unidos, e Tupac: Resurrection, sobre o assassinato do rapper Tupac Shakur.
"Nós agradecemos às crianças, elas estão assistindo de Calcutá", disse Briski durante seu discurso de agradecimento. "Estávamos em Calcutá duas semanas atrás. Elas estavam muito animadas", continuou no backstage, conversando com jornalistas.
Briski, fotógrafa nascida na Grã-Bretanha, estava planejando voltar à cidade. "Na verdade, estamos pensando em construir uma escola lá, especificamente para as crianças das prostitutas, e nós estamos voltando para procurar um terreno", disse.
Nascidos nos Bordéis foi o filme de estréia tanto de Briski como de Kauffman. O documentário foi bem recebido pelos festivais, incluindo o de Sundance, onde ganhou o troféu do público em sua categoria e foi indicado para o Grande Prêmio do júri.
Também concorriam na categoria documentário do Oscar o filme Camelos Também Choram, sobre a vida de nômades na Mongólia, e Twist of Faith, sobre um bombeiro que sofreu abuso sexual quando criança por um padre católico.
O documentário mais lucrativo de 2004, Fahrenheit 9/11, de Michael Moore, não entrou na competição. Moore preferiu correr o risco e tentar uma indicação de melhor filme, mas não conseguiu.
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