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Festival de Brasília 2005
Quinta, 24 de novembro de 2005, 16h00 
Público aplaude primeiro concorrente do Festival
 
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Conhecida como a mais aguerrida entre os festivais nacionais, a platéia do Festival de Brasília recebeu com uma calorosa consagração o primeiro concorrente da competição oficial, Incuráveis, do estreante carioca Gustavo Acioli.

Apesar de não ser das mais fáceis, a história de amor estrelada por Dira Paes (intérprete de A Diarista) e Fernando Eiras foi acompanhada com atenção pelo público, boa parte dele pagante, diferente do que costuma acontecer em festivais. As duas sessões do filme lotaram o Cine Brasília, na noite de quarta-feira.

Adaptação da peça A Dama da Lapa, de Marcelo Pedreira (que funciona como co-roteirista, junto com o diretor Acioli), o filme mostra uma única noite na vida de um homem e de uma mulher. Maduro e desiludido, ele paga uma prostituta apenas para ouvi-lo.

Durante a noite, os dois expressam seus sentimentos e fantasias, dividindo momentos de tristeza e alegria e discutindo o sentido do amor. "Afinal, o que a gente faz com tudo isso?" é a pergunta que ambos se fazem. E que fica sem resposta, como a grande questão sobre a natureza do amor.

Ao usar o casal como medida de uma história de amor com claras preocupações existenciais, Incuráveis dialoga com uma das mais caras tradições do cinema brasileiro, que tem entre seus representantes mais recentes Cidade Baixa, do baiano Sérgio Machado, e mais antigos, Eu Te Amo, de Arnaldo Jabor (1981).

Além disso, o filme é uma oportunidade para dois ótimos atores mostrarem seu talento. De um lado, Dira Paes, que na televisão tem sua competência pouco solicitada em seriados como A Diarista e eventuais participações em novelas.

Do outro, Fernando Eiras, ator de teatro carioca, visto no cinema especialmente em Quase Dois Irmãos, de Lúcia Murat, e em Filme de Amor e Dias de Nitzsche em Turim, do alternativo Júlio Bressane.

Vaias e curtas
Ao contrário de Incuráveis, o curta À Espera da Morte, do brasiliense André Luís da Cunha, levou uma sonora e longa vaia. A história de um submarino russo chamado Krushev, que afunda devido a um acidente com seu reator nuclear, remete ao que aconteceu na vida real com o submarino Kursk, em 2002.

Contado em tom de humor negro, o filme, que contou com a participação de Chico Anysio, não agradou.

Apesar do visível cuidado na produção - o elenco (brasileiro) fala russo e até as músicas são cantadas nessa língua -, o resultado humorístico ficou grosseiro. A platéia não perdoou e vaiou enquanto subiam os créditos.

Já o outro curta da noite, Ãgtux, de Tânia Anaya, representante de Minas Gerais e do Distrito Federal, foi bastante aplaudido. Alternando imagens documentais e animação, o filme retrata o universo dos índios macaxali, do vale do Mucuri (MG), apresentando sua interação com a natureza e a manutenção de rituais mágicos ligados à caça.
 

Reuters

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