Boletins
Receba as últimas notícias em seu email
Fale Conosco
Mande suas críticas e sugestões. Participe!
Sites relacionados
Diversão
Rádio
Jovem
Festival de Brasília 2005
Segunda, 28 de novembro de 2005, 13h21  Atualizada às 14h59
Brasília aplaude sexo, drogas e rock do filme "A Concepção"
 
Divulgação
A Concepção  foi bastante aplaudido em sua exibição no Festival de Brasília
A Concepção foi bastante aplaudido em sua exibição no Festival de Brasília
 Últimas de Festival de Brasília 2005
» "Eu Me Lembro" é o grande vencedor de Brasília
» Festival de Brasília chega ao final sem favoritos
» Brasília aplaude sexo, drogas e rock do filme "A Concepção"
» Filme de Ruy Guerra divide opiniões em Brasília
Busca
Busque outras notícias no Terra:
O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro teve neste domingo uma noite de protesto - da produtora Sara Silveira - e a consagração do competidor da casa, o brasiliense José Eduardo Belmonte, diretor de A Concepção.

Especial Festival de Brasília 2005

Um filme jovem e pulsante na mesma medida que polêmico, com muitas cenas de nu frontal (inclusive de atores conhecidos, como Matheus Nachtergaele e Milhem Cortaz), algumas sugerindo sexo grupal e muito consumo de drogas.

Ao apresentar o filme, na concorridíssima noite de domingo, com platéia lotada no Cine Brasília, Belmonte disse que A Concepção seria "um pequeno passo para retomar a utopia desta cidade e o sonho de um País melhor". Declaração feita sob medida para ganhar um aplauso generalizado, numa platéia com lotação máxima de jovens e vários integrantes e amigos da equipe do filme.

A partir de um roteiro assinado por dois nomes, Luís Carlos Pacca e Breno Alex - estranhamente identificados como pseudônimos no catálogo do Festival - A Concepção mostra-se um filme tecnicamente ágil, com câmera inquieta, efeitos de animação, montagem de Paulo Sacramento (diretor do documentário O Prisioneiro da Grade de Ferro) e uma ótima trilha de rock (de ZePedro Gollo).

Uma linguagem que tem tudo a ver com o clima febril da história de um grupo de jovens perdidos, ociosos, que vivem no apartamento de uma filha de diplomatas (a bela Rosanne Holland), passam seus dias em orgias de sexo e drogas e se denominam "os concepcionistas". Seu guru é o misterioso X (Matheus Nachtergaele).

Uma das muitas promessas que o filme não cumpre é retratar satisfatoriamente a figura de todos os personagens. Todos eles são superficiais demais para que se alcance o que parecia ser um retrato de geração.

Reta final
A competição em Brasília encerra-se na noite desta segunda-feira, com o filme baiano Eu me Lembro, de Edgar Navarro, um estreante tardio no formato longa aos 51 anos, mas que está longe de ser um novato em cinema.

Realizando curtas e vídeos desde 1976, seu trabalho anterior mais famoso foi o média Superoutro (1989), sobre um louco de rua meio filósofo. Além de ter recebido vários prêmios no Festival de Gramado e sido selecionado em festivais como Havana, Nova York e Helsinque, Superoutro mereceu menção de Gilberto Gil e Caetano Veloso na canção Cinema Novo, no disco Tropicália 2.

No elenco de Eu Me Lembro está o premiado João Miguel, protagonista de Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes, em cartaz em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.

Protesto por Cinema, Aspirinas e Urubus
Em Brasília para apresentar um curta produzido por sua empresa, O Caderno Rosa de Lori Lamby, de Sung Sfai, a produtora gaúcha radicada em São Paulo Sara Silveira aproveitou o palco para fazer um protesto.

Produtora do longa Cinema, Aspirinas e Urubus, Sara denunciou que este filme "vem sendo sacado das salas de cinema, apesar de ter média alta de público". E arrematou: "É preciso que o governo, alguém, faça alguma coisa contra essa situação. Os jovens cineastas que estão aqui precisam ter atenção a este assunto da distribuição."

A diretora foi aplaudidíssima, com mais unanimidade até do que seu curta.

Ao final da exibição de O Caderno Rosa de Lori Lamby, uma breve polêmica envolveu parte do público. Alguns aplaudiam, outros vaiavam. Houve gritos de "pedófilo" e "viva Hilda Hilst". O curta, vencedor do prêmio de público da Mostra Internacional de São Paulo, baseia-se em livro homônimo da falecida escritora Hilda Hilst e tem como protagonista uma menina de 8 anos (interpretada por Iara Jamra) explorada sexualmente pelos próprios pais.

Já o outro curta da noite, O Som da Luz do Trovão, de Tiago Scorza e Petrônio Lorena (PE/RJ), foi aclamado pela irresistível simpatia de seu protagonista, um cientista autodidata, Evangelista Inácio de Oliveira.

Morador de Serra Talhada (PE), o velhinho é capaz de reciclar sucatas com rara habilidade, criando uma câmera filmadora ou uma asa delta e discutindo seus conceitos com cientistas renomados como o astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão.
 

Reuters

Reuters Limited - todos os direitos reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.