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Apesar de um tema aparentemente difícil, a produção paulista "À Margem do Concreto", documentário sobre ocupações de prédios em São Paulo, de Evaldo Mocarzel, foi consagrado no Festival de Brasília, na quinta-feira à noite. O filme foi aplaudido durante e depois de sua projeção no Cine Brasília, colocando-se como um dos favoritos ao troféu de melhor longa do júri popular até agora. Com certeza, haverá concorrentes de peso pelo caminho. Nesta sexta-feira, o ator carioca Roberto Bontempo mostra seu longa de estréia, "Depois Daquele Baile", uma história romântica envolvendo uma viúva (Irene Ravache) e dois homens (Marcos Caruso e Lima Duarte). No sábado, é a vez do filme mais aguardado da competição, "O Veneno da Madrugada", do veterano Ruy Guerra, cineasta premiado duas vezes no festival ¿ em 1970, com "Os Deuses e os Mortos", e em 1978, com "A Queda". Fiel à sua formação de jornalista, o niteroiense radicado em São Paulo Evaldo Mocarzel compõe, em "À Margem do Concreto", um impressionante painel do cotidiano dos movimentos de sem-teto. Ele revela que, ao final da filmagem, acumulava 140 horas de material bruto que, depois da edição, resultaram nos 85 minutos do filme. Também causou impacto o primeiro curta da noite, "De Glauber para Jirges", em que o diretor André Ristum recorre a trechos de cartas trocadas entre seu pai, Jirges Ristum, e o cineasta Glauber Rocha, para traçar um fascinante painel do intercâmbio de idéias sobre arte e política entre os dois. O outro curta da noite, "A Lente e a Janela", do brasiliense Marcius Barbieri, não teve a mesma sorte e foi vaiado pela platéia. A história de uma menina de classe média que ganha uma câmera e passa a filmar uma família de moradores de rua acampados diante da janela de seu apartamento não agradou.
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