Festival de Brasília 2006

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Quarta, 22 de novembro de 2006, 13h08  Atualizada às 14h35

Documentário sobre Jardim Ângela abre competição em Brasília

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Com a exibição do documentário Jardim Ângela, do diretor Evaldo Mocarzel, começa nesta quarta-feira a competição oficial do 39º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Entre os concorrentes mais aguardados estão Batismo de Sangue, de Helvécio Ratton, e O Baixio das Bestas, do pernambucano Cláudio Assis.

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Carioca radicado em São Paulo e premiado por Do Luto à Luta e À Margem do Concreto, Mocarzel coordenou uma oficina de cinema no bairro da cidade de São Paulo, conhecido por altos índices de violência.

No meio do caminho, o cineasta descobriu que os garotos que participavam da oficina valiam um filme. Alguns deles, ex-egressos da Febem, viviam ameaçados pela miséria e o tráfico de drogas.

Além do documentário de Mocarzel, outros cinco longas disputam os prêmios oficiais. Os documentários Encontro com Milton Santos ou O Mundo Global Visto do Lado de Cá, de Sílvio Tendler (RJ), O Engenho de Zé Lins, de Vladimir Carvalho (DF), e os filmes de ficção O Baixio das Bestas, de Cláudio Assis (PE), Batismo de Sangue, de Helvécio Ratton (MG), e Querô, de Carlos Cortez (SP), que será exibido na quinta.

Cortez adapta o romance do mesmo nome escrito há 30 anos pelo dramaturgo Plínio Marcos (1935-1999) para desenvolver a história de um adolescente (Maxwell Nascimento, ator estreante de 16 anos) que vive sozinho na região portuária de Santos (SP). Decidido a manter sua independência, ele ensaia sua rebelião individual contra os reformatórios, o tráfico de drogas e uma polícia corrupta. No elenco, Aílton Graça, Ângela Leal, Milhem Cortaz e Maria Luísa Mendonça.

O Engenho de Zé Lins, do paraibano radicado em Brasília Vladimir Carvalho, é o concorrente da sexta. Com fotografia assinada por seu irmão, o premiado Walter Carvalho, ele recria passagens da vida e da obra do escritor José Lins do Rego (1901-1957), autor do romance Menino de Engenho.

Mais aguardados
No fim de semana, chegam os dois concorrentes mais aguardados, um pelo tema, outro pela fama rebelde de seu diretor. No sábado é a vez do concorrente mineiro Batismo de Sangue, de Helvécio Ratton (de Uma Onda no Ar).

Trata-se da adaptação do famoso livro de memórias do religioso e escritor Frei Betto, que reconstitui o final dos anos 1960, quando alguns frades dominicanos decidem apoiar grupos de luta armada. Um deles, Frei Tito, que foi preso e torturado, terminou suicidando-se depois, na França. No elenco, Caio Blat, Daniel Oliveira, Ângelo Antônio, Murilo Grossi e Marcélia Cartaxo.

No domingo, Caio Blat, Matheus Nachtergaele, Dira Paes e Hermila Guedes (de O Céu de Suely) formam o elenco do esperado O Baixio das Bestas. Esse é o segundo filme do pernambucano Cláudio Assis, já premiado em Brasília em 2002 com Amarelo Manga, que venceu como melhor filme tanto pelo júri oficial como pelo popular, além de levar o troféu de ator para Chico Díaz.

O Baixio das Bestas é um mergulho na dura realidade de uma pequena comunidade no meio de um canavial. O último concorrente do festival, na segunda, é o documentário Encontro com Milton Santos ou O Mundo Global Visto do Lado de Cá, de Sílvio Tendler. O cineasta é um veterano em Brasília, onde esteve pela última vez na competição em 2003 com Glauber, o Filme: Labirinto do Brasil, vencedor do prêmio do júri popular.

Reuters
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