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Festival do Rio 2004
Quinta, 30 de setembro de 2004, 22h21 
Rio exibe "Filhas do Vento", vencedor em Gramado
 
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Primeiro longa-metragem de ficção do pesquisador e cineasta Joel Zito Araújo, Filhas do Vento é uma tentativa de realizar no Brasil um gênero já consolidado no cinema norte-americano: o melodrama negro de classe média.

O filme, vencedor de seis prêmios no Festival de Gramado deste ano, terá sua estréia no Festival do Rio nesta sexta-feira, em duas exibições (12h e 20h). Haverá reprise no sábado, às 16h30 e às 21h30.

Formado por um dos maiores elencos de atores negros dos últimos tempos, Filhas do Vento procura, como disse o próprio diretor, "fugir dos estigmas" que costumam marcar os intérpretes negros - uma alusão aos dramas em que estes aparecem identificados com pobres ou marginais.

Nesse sentido, Filhas do Vento inova ao armar uma saga familiar (com roteiro de Di Moretti) centrada praticamente só em mulheres, com personagens todos de classe média e trabalhadores, em que as ambiguidades ficam restritas ao campo psicológico.

Não há um único vilão - exceto o personagem vivido por Jonas Bloch, ainda assim, sem ênfase na maldade. O filme invade a praia ficcional da novela, empregando todos os seus hábeis recursos de produção (fotografia, montagem, música, figurino) em favor de intérpretes negros.

É um recurso que o cinema e a TV norte-americanas já fazem há tempos, dos seriados como Bill Cosby aos filmes de Spike Lee (que, aliás, é mencionado num diálogo espirituoso do filme).

Todos os conflitos giram entre o quarto, a cozinha e a sala de jantar, confrontando duas irmãs, na maturidade interpretadas por Ruth de Souza e Léa Garcia.

Ruth representa a irmã que sonhava ser atriz de novela e triunfou fora de sua cidadezinha natal, apesar das restrições à sua cor.

Nesses obstáculos ficcionais à carreira da intérprete negra, Joel Zito, aliás, remete à trajetória real da própria Ruth, relegada a papéis de coadjuvante no passado, e que são um dos assuntos principais de seu famoso livro, A Negação do Brasil, base de seu documentário homônimo.

Léa Garcia faz o papel da irmã caçula, que ficou em casa cuidando do pai viúvo (Milton Gonçalves) e entregando-se mais aos amores e à família do que ao estudo ou uma profissão.

As duas irmãs distanciam-se por uma série de conflitos com os poucos personagens masculinos da trama, o próprio pai - que se identifica nitidamente com a filha menor - e um mal-entendido em torno de um namorado (na juventude, Rocco Pitanga, na maturidade, Zózimo Bulbul).

O filme investe na dramaturgia do melodrama, procurando fisgar o público feminino e entregando um produto bem-acabado como as novelas de televisão.

Nas entrelinhas, busca a aceitação dos atores negros em papéis de heroínas e heróis românticos que muitas vezes lhe foram negados, tanto na televisão, quanto no cinema.
 

Reuters

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