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Dar voz ao malandro peixinho Oscar, de O Espanta Tubarões, colocou Paulo Vilhena em um time ainda pequeno no Brasil: o de atores famosos que emprestam suas vozes a desenhos animados ou personagens especiais. Assim como Eduardo Moscóvis (Tarzan), Bussunda (Shrek), Rodrigo Santoro (O Pequeno Stuart Little) e Fernanda Montenegro (Nem que a Vaca Tussa), o ator entrou no mundo das crianças.
E o desenho da Dreamworks não é um caso isolado. Até o fim do ano, o ator estréia Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida, nova produção da Rainha dos Baixinhos. Em uma breve entrevista pouco depois da pré-estréia de O Espanta Tubarões, Paulinho comentou a experiência de virar peixe, o público infantil e a os planos para a carreira.
Leia abaixo uma entrevista com o ator:
Essa foi a primeira vez que você viu o filme com a sua voz?
Sim, foi divertido. No princípio, fica difícil de desvincular a minha voz do personagem. Acho que depois da terceira hora de gravação, você já entra na viagem do oceano, dos peixinhos e da vida deles.
Você teve alguma preocupação em diferenciar a sua dublagem da do Will Smith, que é a voz do Oscar no original?
O Will Smith tem uma voz mais grave, mais adulta. Eu puxei o Oscar mais para o lado moleque. Fiz isso para ficar mais próximo do público infantil, com gírias e expressões que a garotada entende.
Essa foi o seu primeiro trabalho de dublagem?
Sim, foram mais de 70 horas de labuta. Uma pauleira.
Você se preparou para fazer essa dublagem?
Na verdade, eu voltei de viagem já com o trabalho em cima da hora. Só tive tempo para dar uma sacada no filme e assistir um pouco da versão original. Eu não via muito as cores. Era só a concentração da boca do peixe para não perder o link. Foi mais no instinto mesmo.
Foi comentado com você o motivo da sua escolha para esse trabalho?
Talvez eles tenham achado uma relação entre o jeito do peixe e o cotidiano do Paulo Vilhena.
Depois de ver o filme, qual foi a sua impressão crítica?
Olha, eu me diverti muito já antes da estrutura da arte-final. É muito louco viver o dia-a-dia de um peixe com sua namorada e seu trabalho. Chega uma hora que eu olhava as feições do peixinho e pensava "é gente". Ele tem respiração, inflexões e sentimentos. Eu fiquei amarradão, ainda mais trabalhando para o público infantil, que é bem verdadeiro. Quando eles não gostam, dão as costas e vão embora. Eu vi que a molecada ficou atenta, pelo menos.
Você também acabou de filmar "O Tesouro da Cidade Perdida" com a Xuxa. Sua carreira está se voltando para o público infantil?
É um público que é bom ter cativo. Eles dão longevidade à sua carreira. Se houver uma identificação com o trabalho, eles vão estar contigo em qualquer lugar. Também é um público que eu gosto
Qual o seu personagem nesse filme?
O Lizandro, que é um garoto que se apaixona e acredita no matrimônio. Não tem essa história toda contada, é mais uma referência ao amor e à relação de um jovem casal dentro do contexto que a Xuxa sabe explorar bastante: o "felizes para sempre". Eu contracenei com a Juliana Knust, Natália Lage, Sérgio Hondjakoff, Luiz Carlos Tourinho e a Xuxa.
Então você está voltando a contracenar com a Juliana, depois de "Celebridade"...
Rolou a química.
E na TV, quais os projetos?
Estou com um convite do Roberto Talma para um trabalho, mas é só para janeiro. Até lá eu vou ouvindo bastante e optando pelo melhor.
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