|
|
Busca |
Busque outras notícias no Terra:
|
|
|
The Edukators, longa-metragem alemão sobre um grupo de jovens que sonham em mudar o mundo, é um dos destaques do domingo do Festival de Cinema do Rio de Janeiro. O filme teve ótima recepção no Festival de Cannes deste ano, quando concorreu à Palma de Ouro.
O longa-metragem tem direção de Hans Weingartner, 28 anos, presente no evento carioca. Ele participa da sessão às 21h30. Haverá reprises do filme na segunda (19h30) e na quarta (16h30 e 21h30).
The Edukators conta a história de três jovens idealistas que invadem as mansões de ricos e mudam seus móveis de lugar, deixando nas casas mensagens dizendo, por exemplo, "você tem dinheiro demais".
O objetivo não é roubar dos ricos para dar aos pobres, mas fazer seus alvos questionarem seus próprios privilégios. Quando os três jovens são pegos em flagrante pelo dono de uma casa, eles o sequestram e são obrigados a colocar seus ideais em prática.
O diretor, austríaco de nascimento e que também é neurocirurgião formado, disse que a história foi inspirada por sua própria frustração diante da falta de ideais políticos de sua geração e o impacto sufocante das imagens da mídia e da publicidade.
"Não sabemos onde usar nossa energia revolucionária e não sabemos como combater o sistema porque não conseguimos segurá-lo, então não sabemos como atacá-lo", disse ele em Cannes. "O sistema se tornou invulnerável porque ele próprio nos vende revolução."
The Edukators é estrelado por Daniel Bruehl, mesmo ator de Adeus, Lênin!.
Bruehl disse que teve vontade de fazer o papel de Jan, o protagonista, porque o personagem possui uma visão crítica da sociedade e tem a coragem de fazer algo a respeito.
Os críticos em Cannes aplaudiram nas cenas em que os sequestradores e sua vítima discutem com inteligência como o idealismo juvenil costuma desaparecer.
Weingartner evita criar um final simplista, preferindo deixar aberta a possibilidade de cada um dos personagens ser transformado pela experiência.
"Meu filme não pretende convocar à revolução. Para mim, é muito mais importante destacar a importância de sermos críticos e questionarmos o status quo", disse.
|