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Festival do Rio 2004
Terça, 5 de outubro de 2004, 14h21 
"Diabo a Quatro" vira do avesso clichês cariocas
 
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Diabo a Quatro, longa-metragem de estréia da carioca Alice de Andrade, narra o destino de uma babá que decide virar prostituta e termina por conquistar todos os outros três personagens a sua volta: um cafetão, um surfista playboy e um garotinho mineiro perdido no Rio de Janeiro, cenário de toda a história.

"Queria fazer uma história que juntasse os personagens mais clichês possíveis, para justamente aprofundá-los e virá-los do avesso", disse à Reuters a diretora, filha do renomado cineasta Joaquim Pedro de Andrade (Macunaíma, 1969).

O ator Marcelo Faria - também no seu primeiro longa - faz Paulo Roberto, maconheiro que vive pegando onda em Copacabana e saindo com as prostitutas, filho de um político (Ney Latorraca) e de uma madame (Marília Gabriela).

A atriz novata Maria Flor faz a babá virgem Rita de Cássia, amazonense que resolve embarcar com gosto no meretrício do Rio, depois de ver Paulo Roberto, sua paixão não-correspondida, se atracando com as meninas em diversos lugares. Seu gigolô (Tim Mais, interpretado por Márcio Libar), assim como o surfista, acaba se apaixonando por ela, que vira a favorita dos clientes.

O quarto personagem é Waldick (Netinho Alves), garotinho mineiro que foge de sua casa para o Rio de Janeiro, onde pretende conhecer seu ídolo, o apresentador de televisão Fulvio Fontes (Evandro Mesquita). Morando sozinho na rua, ele acaba fazendo amizade com Maria Rita.

Como pano de fundo das tramas estão as mais de 14 mil latas de maconha despejadas na baía de Guanabara nos anos 1980 por um navio panamenho. É quando entra na história o traficante interpretado por Jonathan Haagensen, fornecedor de Paulo Roberto.

O filme teve sua pré-estréia na noite de segunda-feira no Festival de Cinema do Rio de Janeiro e será reprisado mais duas vezes nesta terça-feira, às 16h30 e às 21h30.

Há quase dez anos, Alice de Andrade passou dois meses com uma socióloga pelas ruas do Rio, entrevistando prostitutas, policiais e crianças de rua, além de pesquisar artigos de jornais atrás de assuntos como a chacina da Candelária ou mesmo as latas de maconha jogadas ao mar.

O filme contou com a ajuda de diversas ONGs e acabou escalando para o elenco ex-meninos de rua e ex-prostitutas. "É um roteiro ambicioso, reúne coisas diferentes ao mesmo tempo. As pessoas reclamavam disso, diziam que tinha muitos personagens, mas era exatamente isso o que eu queria", disse Andrade, que já dirigiu cerca de seis curtas-metragens.

A diretora acredita ser justamente essa intensa pesquisa para um filme de ficção que aproxima seu primeiro longa-metragem do trabalho de seu pai, morto em 1988. Ela trabalhou com ele em diversos projetos, incluindo a versão cinematográfica de "Casa Grande e Senzala", livro de Gilberto Freyre. O projeto não chegou ao cinema, mas se transformou em um novo livro.

"Era um filme com grandes grupos sociais, as vezes opostos entre si, mas ninguém era mais importante que ninguém. Acho que isso tem a ver também com Diabo a Quatro, que tem todos os grupos sociais, todos os vetores da vontade convivendo meio que democraticamente", disse Andrade.

"E também não é necessário tanto rigor (na pesquisa) de um filme de ficção, mas eu fui a fundo, pesquisei muito", continuou a diretora, que mora há 11 anos em Paris.

Diabo a Quatro deverá ser lançado em circuito comercial no verão de 2005, logo depois do lançamento da trilha sonora, que conta com Pedro Luís e a Parede, Lenine, José Renato e Fausto Fawcet.
 

Reuters

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