Cena do filme de Mel Gibson
Foto: Divulgação
Os cinemas de Manhattan abriram as portas cedo, recebendo o dia todo espectadores ávidos para assistir ao filme, que foi criticado duramente por alguns jornalistas antes de ser lançado em 3.006 salas de cinema - uma estréia normalmente reservada a blockbuster como a série Máquina Mortífera.
Judeus e outros grupos religiosos protestaram durante a tarde. Uma dezena de manifestantes judeus vestindo uniformes de campos de concentração reuniu-se do lado de fora de um cinema no Upper West Side, carregando cartazes onde lia-se "Paixão de Mel Gibson é crucificção".
Eles tentavam ligar o retrato de Jesus feito pelo filme ao tipo de ódio que levou ao Holocausto. Porém, havia mais repórteres do que manifestantes.
Em Whicita, no Kansas, uma mulher de meia-idade morreu, aparentemente vítima de ataque cardíaco, enquanto assistia à climática cena da crucificação.
O cardeal de Nova York, Edward Egan, escreveu aos párocos para ressaltar que os judeus não são responsáveis pela crucificação de Jesus.
"Ele deu a vida por nós", escreveu Egan numa coluna que será publicada na edição de março do Catholic New York. "Ninguém tirou (a vida) Dele. Essa é, e sempre foi, a doutrina católica." O diretor nacional da Anti-Defamation League, Abraham Foxman, afirmou estar preocupado com a reivindicação, por parte de Gibson, de exatidão histórica do filme. ``Ele fez sua escolha'', afirmou Foxman após assistir ao filme. ``E ela é culpar os judeus.'' Ele disse temer a reação ao filme fora dos EUA, principalmente no Oriente Médio.
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