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Oscar 2004
Quarta, 28 de janeiro de 2004, 15h51 
"Tenho orgulho de Cidade de Deus", diz empresário
 
Miramax/Divulgação
Phellipe Haagensen como Bene em cena de  Cidade de Deus
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O caminho percorrido pelo filme Cidade de Deus até o Oscar foi uma peregrinação longa e estranha.

O filme de Fernando Meirelles é uma história explosiva sobre garotos crescendo numa comunidade violenta do Rio de Janeiro, Cidade de Deus.

No ano passado, foi apresentado pelo Brasil como pré-candidato ao Oscar, mas não conseguiu ser indicado na categoria melhor filme estrangeiro. Algumas fontes bem informadas disseram que a violência visceral do filme foi a razão de ele não ter sido incluído entre os indicados.

A Miramax, que se envolveu com o projeto quando ainda não passava de um roteiro, lançou Cidade de Deus nos cinemas norte-americanos em janeiro de 2003. Com isso, possibilitou que o filme competisse em outras categorias do Oscar.

Os críticos o elogiaram, mas o filme nunca foi exibido em mais do que 108 cinemas no país. Apesar disso, a Miramax o conservou em cartaz por mais de um ano. No fim do ano, Cidade de Deus ainda não passara dos 5 milhões de dólares de bilheteria, mas encabeçou a lista de filmes estrangeiros compilada por alguns grupos de críticos e foi indicado para o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro.

Agora, mais de um ano depois de ser rejeitado pela Academia em sua primeira tentativa, Cidade de Deus ressurgiu com quatro indicações em categorias importantes: melhor diretor, roteiro adaptado, edição e fotografia.

"Não estou surpreso", disse Meirelles, que passou dez anos fazendo comerciais antes de se aventurar no cinema. Falando na terça desde Londres, onde está trabalhando em seu próximo projeto, ele rapidamente se contradisse, acrescentando: "Estou espantado! No ano passado, achei que esse não era o tipo de filme que agrada a academia."

Em maio, o co-presidente da Miramax, Harvey Weinstein, tomou uma atitude em favor de Cidade de Deus no Festival de Cannes. No almoço anual das grandes e pequenas distribuidoras no festival, ele prometeu relançar o filme de Meirelles nos EUA em dezembro, para que pudesse ser levado em consideração para o Oscar.

"O filme está se saindo bem nos Estados Unidos", disse Weinstein em Cannes. "E em outros territórios também. Mas estou frustrado e vou relançá-lo para a temporada da academia. A gente nunca desiste das coisas que ama."

O empresário chegou a pedir a seus parceiros de distribuição que adiassem o lançamento de Cidade de Deus em vídeo, para ajudar a campanha a deslanchar.

"Harvey curtiu o filme", disse Meirelles na terça-feira. "Ouvimos muitas histórias sobre a Miramax. Mas ele ama o filme, e a questão não é de negócios para ele, é muito mais sua paixão pelo filme", afirmou.

"Tenho orgulho de Cidade de Deus", disse Weinstein na terça. "Agora vamos lançar o filme em 200 salas e, com o tempo, vamos aumentar esse número para 500."

Nos últimos anos a Academia vem se mostrando cada vez mais disposta a destacar filmes de língua estrangeira nas categorias principais. No ano passado, por exemplo, embora Fale com Ela, de Pedro Almodóvar, não tenha sido reconhecido como o candidato oficial da Espanha na categoria filme estrangeiro, Almodóvar ganhou duas indicações - melhor roteiro original e melhor diretor - e levou para casa o Oscar de melhor roteiro original.

Segundo Fernando Meirelles, "as outras indicações de certa maneira explicam o sucesso de Cidade de Deus. Este filme teve muito a ver com os atores, e quase todos são amadores. Eles são de verdade, sua atuação possui um frescor".
 

Reuters

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